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CARLOS A. AGUILERA
( C U B A )
Carlos A. Aguilera (Havana, 1970). Narrador, poeta e ensaísta.
De 1997 a 2002 co-dirigiu a revista literária e política Diáspora(s) em Cuba, uma das mais importantes dos últimos anos na ilha. Em 1995 ganhou o Prêmio David de Poesia em Havana, e em 2007 a Bolsa ICORN na Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha.
Publicou Clausewitz e eu (Nouvelle, México, 2014), Discurso de la madre muerte (Teatro, Espanha, 2012), Teoría del alma china (Relatos, México, 2006), Das Kapital (Poesia, Cuba, 1997) e Retrato de A. Hooper e sua esposa (Poesia, Cuba, 1996).
Seus livros foram traduzidos para francês, tcheco, croata e alemão.
É editor do feuelleiton literário do El Nuevo Herald, na Flórida, e colabora frequentemente em outras publicações na Espanha e em outros lugares.
Desde 2002 viveu em Bonn, Dresden, Frankfurt, Graz e Hannover. Atualmente mora em Praga, República Tcheca.
INIMIGO RUMOR – revista de poesia. Número 15 – 2º SEMESTRE 2003. Editores: Carlito Azevedo, Augusto Massi. Rio de Janeiro, RJ: Viveiros de Castro Editora, 2003. 204 p. ISSN 415-9767. Ex. bibl. de Antonio Miranda
M A O
E no entanto hoje é famoso por seu cerebrozinho verticalmente
metafísico
e não porque aquela discussão lyrikproletária entre parda
ventreamarelo
que cai e pardal
ventreamarelo
que voa
ou parêntesis
entre pardal ventreamarelo que cai e pardal ventreamarelo
que nãovoa
como definiu sorridentemente o economista Maos
e como disse “Lá, matem-nos...”
assinalando um espaço compacto e ligeiro com esse nãoúnico
pardal
ventreamarelo
tornado agora o “asqueroso parda ventreamarelo” ou
o “pouco
ecológico pardal
ventreamarelo
inimigo radical de / e inimigo radical até —
que destrói o campo: “a economia burocrática do arroz”
e destroça o campo: “a economia burocrática da ideologia”
com suas patinhas um-2-três
(ocasoscasbarrocas)
de todo maosentido
como assinalou (ou corrigiu) historicamente o kamarada Mao
com a intenção de fazer pela enésima vez o povo pensar:
“essa massa estúpida
que se estrutura
sob o frouxo conceito
de povo”
que nunca compreendera o maodemokratik em seu movimento
contra o pardal
que se transmuta em
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